Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Grupos
contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff realizam nesta
quinta-feira (31) manifestações pela democracia em todas as regiões do
país.
Os
atos são organizados pelos grupos Frente Brasil Popular e Frente Povo
Sem Medo, além da convacação do próprio Partido dos Trabalhadores (PT).
“A
democracia do nosso país está em risco. O Brasil tem sido palco de
perigosas investidas com a tentativa golpista de interromper o governo
da presidenta Dilma”, diz a descrição do evento na página do facebook.
Os
atos foram marcados nesta data (31 de março) para coincidir com os 52
anos do golpe militar de 1964. O evento foi intitulado "Dia Nacional de
Luta pela Democracia e Contra o Golpe" e parte dos movimentos também usa
o termo "Jornada Nacional pela Democracia".
Em
algumas regiões do país, a movimentação dos manifestantes começou bem
cedo. As ruas das cidade de Garanhuns, em Pernambuco, foram tomadas já
na manhã desta quinta-feira.
Além
do protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, os
grupos que irão hoje às ruas se posicionam contra o ajuste fiscal e
contra a reforma da previdência.
“Não
aceitamos também o ajuste fiscal e a proposta da reforma da
previdência, que fere os direitos dos trabalhadores/as. Queremos mais
direitos e outra política econômica, para que possamos retomar os
avanços e dar cada vez mais chances do povo brasileiro sonhar e ter
esperança”, afirma o grupo Frente Brasil Popular.
Além
disso, algumas manifestações foram convocadas no exterior, com
protestos ‘contra o golpe’ marcados em cidades como Londres, Buenos
Aires, Nova Iorque, Paris, entre outras.
Marmita, água e bandeira. Manifestantes ganham kit para ato pró-Dilma
Marmita, água e bandeira. Manifestantes ganham kit para ato pró-Dilma
Mais de 100 ônibus com caravanas vindas de várias partes do país já chegaram ao estacionamento do estádio Mané Garrincha, onde será a concentração da Marcha em Defesa da Democracia. Forças de segurança estão em alerta máximo
Com a tarefa de levar às ruas da capital do país pelo menos 100 mil pessoas nesta quinta-feira (31/3), mesmo número registrado no protesto contra o governo Dilma Rousseff no último dia 13, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o PT e entidades que representam os movimentos sociais investiram pesado. Bandeiras, garrafas de água, bonés e quentinhas estão sendo distribuídas aos manifestantes que vão participar da Marcha Nacional a Favor da Democracia, prevista para começar às 14h. No estacionamento do estádio Mané Garrincha, onde está marcada a concentração, mais de 100 ônibus vindos de vários lugares do país já chegaram.
Em
barracas montadas, trabalhadores distribuem o kit-manifestação: água e
bandeiras. Em caminhões, as marmitas são entregues de graça aos
manifestantes. Alguns admitem que receberam R$ 30 a título de “ajuda de
custo” para vir a Brasília. Enquanto as quentinhas eram distribuídas
para alguns, outros usavam o gramado para assar frango e carne. “Nós
fizemos uma vaquinha e estamos aqui para apoiar o governo da Dilma”,
garantiu um grupo que veio da Bahia.
Um dos organizadores destacou que a distribuição de bandeiras e água é comum. Para ele, o importante é que as pessoas estão participando espontaneamente. É o caso de Sérgio Borges, 33 anos, que veio de Campo dos Goytacazes (RJ) para participar do ato. “Nossa manifestação é a favor da democracia e contra a tentativa de golpe articulada por um setor que não aceita a derrota nas urnas nas eleições de 2014. Admito que o governo precisa rever algumas políticas, mas a democracia deve ser respeitada em primeiro lugar”, afirma.
Já o estudante Iago Nunes, 20 anos, saiu de Uberlândia e enfrentou dez horas de viagem para fazer parte do protesto desta quinta (31). Ele afirma que o tempo no ônibus, no entanto, não diminuiu sua vontade de estar presente no ato: “Discutir política pela internet não é ser um cidadão político. Viemos mostrar que somos politizados e que a mudança não deve ser apenas no governo mas também na população”.
Segurança
A manifestação terá reforço na segurança. Também haverá alterações de trânsito na área central do Plano Piloto. O Centro Integrado de Comando e Controle Regional, da Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF, monitorará a movimentação do protesto em tempo real.
A marcha promovida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) está prevista para começar às 17h, saindo do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha em direção ao Congresso Nacional. O término deverá ser às 22h30.
A Polícia Militar reforçará o policiamento a pé e contará com o apoio das unidades especializadas Rotam, BPCães, RPMon (Cavalaria), BPChoque e Bavop (helicópteros). De acordo com a corporação, o efetivo está aquartelado e os policiais que trabalham na área administrativa estão com fardas para atuação na rua, em caso de necessidade. A partir das 14h, na Via N1, na altura do Congresso Nacional, será posicionado o Comando Móvel da PM. A Polícia Civil reforçará o atendimento na 5ª DP.
Trânsito
O Eixo Monumental fechará a partir das 17h. Próximo à Funarte, o trânsitoserá desviado da Via S1 para a Via S2. Também estará interditado o acesso ao Eixo Monumental pela W3 Sul, que será ligado diretamente à W3 Norte. Para quem vai do Eixão Sul à Rodoviária do Plano Piloto, haverá desvio para o Buraco do Tatu. Na Via N1, o acesso à alça oeste da rodoviária também permanecerá fechado.
À medida que a manifestação descer para o Congresso Nacional, o Departamento de Trânsito liberará o tráfego. O órgão contará com o apoio de 50 agentes, 20 viaturas operacionais, três guinchos, duas empilhadeiras e uma aeronave.
Recomendações
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social recomenda aos pais ou responsáveis que identifiquem as crianças e evitem expô-las a situações de risco. Os participantes não devem levar objetos cortantes que possam causar riscos ou comprometer a segurança dos demais. Caso percebam pessoas ou grupos com clara intenção de tumultuar, os manifestantes devem avisar os policiais militares que estiverem mais próximo para estes agirem preventivamente.
Devido ao fluxo intenso de pessoas durante o protesto, também orienta-se não estacionar ao longo das vias da área central do Plano Piloto.
Negociação
A Esplanada dos Ministérios será ocupada apenas por manifestantes pró-governo, já que aqueles a favor do impeachment abriram mão do local depois de negociação conduzida pela secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. Pelo acordo, os organizadores dos movimentos Acampamento Patriota, Ocupa Brasília, Aliança dos Movimentos Democráticos e Resistência Popular desistiram do agendamento feito na secretaria para que grupos divergentes não ocupassem o mesmo lugar.
Também ficou combinado que os representantes da CUT e do PT não ocuparão a Esplanada dos Ministérios em 17 de abril, desde que esta não seja a data de votação do impeachment. (Com informações Rafaela Felicciano, Mirelle Pinheiro e da Agência Brasília)
Um dos organizadores destacou que a distribuição de bandeiras e água é comum. Para ele, o importante é que as pessoas estão participando espontaneamente. É o caso de Sérgio Borges, 33 anos, que veio de Campo dos Goytacazes (RJ) para participar do ato. “Nossa manifestação é a favor da democracia e contra a tentativa de golpe articulada por um setor que não aceita a derrota nas urnas nas eleições de 2014. Admito que o governo precisa rever algumas políticas, mas a democracia deve ser respeitada em primeiro lugar”, afirma.
Já o estudante Iago Nunes, 20 anos, saiu de Uberlândia e enfrentou dez horas de viagem para fazer parte do protesto desta quinta (31). Ele afirma que o tempo no ônibus, no entanto, não diminuiu sua vontade de estar presente no ato: “Discutir política pela internet não é ser um cidadão político. Viemos mostrar que somos politizados e que a mudança não deve ser apenas no governo mas também na população”.
Segurança
A manifestação terá reforço na segurança. Também haverá alterações de trânsito na área central do Plano Piloto. O Centro Integrado de Comando e Controle Regional, da Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do DF, monitorará a movimentação do protesto em tempo real.
A marcha promovida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) está prevista para começar às 17h, saindo do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha em direção ao Congresso Nacional. O término deverá ser às 22h30.
A Polícia Militar reforçará o policiamento a pé e contará com o apoio das unidades especializadas Rotam, BPCães, RPMon (Cavalaria), BPChoque e Bavop (helicópteros). De acordo com a corporação, o efetivo está aquartelado e os policiais que trabalham na área administrativa estão com fardas para atuação na rua, em caso de necessidade. A partir das 14h, na Via N1, na altura do Congresso Nacional, será posicionado o Comando Móvel da PM. A Polícia Civil reforçará o atendimento na 5ª DP.
Trânsito
O Eixo Monumental fechará a partir das 17h. Próximo à Funarte, o trânsitoserá desviado da Via S1 para a Via S2. Também estará interditado o acesso ao Eixo Monumental pela W3 Sul, que será ligado diretamente à W3 Norte. Para quem vai do Eixão Sul à Rodoviária do Plano Piloto, haverá desvio para o Buraco do Tatu. Na Via N1, o acesso à alça oeste da rodoviária também permanecerá fechado.
À medida que a manifestação descer para o Congresso Nacional, o Departamento de Trânsito liberará o tráfego. O órgão contará com o apoio de 50 agentes, 20 viaturas operacionais, três guinchos, duas empilhadeiras e uma aeronave.
Recomendações
A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social recomenda aos pais ou responsáveis que identifiquem as crianças e evitem expô-las a situações de risco. Os participantes não devem levar objetos cortantes que possam causar riscos ou comprometer a segurança dos demais. Caso percebam pessoas ou grupos com clara intenção de tumultuar, os manifestantes devem avisar os policiais militares que estiverem mais próximo para estes agirem preventivamente.
Devido ao fluxo intenso de pessoas durante o protesto, também orienta-se não estacionar ao longo das vias da área central do Plano Piloto.
Negociação
A Esplanada dos Ministérios será ocupada apenas por manifestantes pró-governo, já que aqueles a favor do impeachment abriram mão do local depois de negociação conduzida pela secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. Pelo acordo, os organizadores dos movimentos Acampamento Patriota, Ocupa Brasília, Aliança dos Movimentos Democráticos e Resistência Popular desistiram do agendamento feito na secretaria para que grupos divergentes não ocupassem o mesmo lugar.
Também ficou combinado que os representantes da CUT e do PT não ocuparão a Esplanada dos Ministérios em 17 de abril, desde que esta não seja a data de votação do impeachment. (Com informações Rafaela Felicciano, Mirelle Pinheiro e da Agência Brasília)
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